sexta-feira, 15 de junho de 2007

o tempo não para - cazuza


Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso

Minha metralhadora cheia de mágoas

Eu sou o cara

Cansado de correr Na direção contrária

Sem pódio de chegada ou beijo de namorada

Eu sou mais um cara

Mas se você achar Que eu tô derrotado

Saiba que ainda estão rolando os dados

Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não

Eu vou sobrevivendo sem um arranhão

Da caridade de quem me detesta


A tua piscina tá cheia de ratos

Tuas idéias não correspondem aos fatos

O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado

Eu vejo um museu de grandes novidades

O tempo não pára

Não pára, não, não pára


Eu não tenho data pra comemorar

Às vezes os meus dias são de par em par

Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer

Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer

E assim nos tornamos brasileiros

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro

Transformam o país inteiro num puteiro

Pois assim se ganha mais dinheiro


A tua piscina tá cheia de ratos

Tuas idéias não correspondem aos fatos

O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado

Eu vejo um museu de grandes novidades

O tempo não pára

Não pára, não, não pára

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